a liderança colectiva (triunvirato) irá incluir, além do delfim da família kim, o tio jang song-thaek (cunhado de kim jong-il) que é, a par da sua mulher, visto como o verdadeiro detentor do poder; há ainda que ter em conta ri yong-ho, uma estrela em ascensão entre os militares e o general mais importante do exército norte-coreano.
os militares, que são os impulsionadores do programa nuclear do país, juraram fidelidade a kim jong-un, o delfim da família kim. isto apesar de, com os seus 29 anos, ter ainda pouca experiência política.
não obstante ter o apoio de várias personalidades importantes dentro da estrutura de poder norte-coreana, jong-un não tem base suficiente para se manter isolada e autoritariamente no poder, como fizeram o seu avô e o seu pai. assim sendo, a partilha tornou-se necessária.
de acordo com koh yu-hwan, presidente da associação sul-coreana para os estudos da coreia do norte, sedeada em seoul, kim jong-il terá delineado o triunvirato antes de morrer; se assim não tivesse sido, a transição não teria decorrido tão calmamente.
koh explica que se a liderança colectiva não estivesse já definida, ter-se-ia assistido a um período de «governo da múmia», mais prolongado, em que o regime fingiria que kim jong-il ainda estava vivo.
ralph cossa, especialista nessa temática e presidente do ‘think tank’ pacific forum csis, entende que é de esperar que o triunvirato se mantenha unido, pois «todos têm interesse na sobrevivência do regime». «a sua segurança pessoal e sobrevivência está ligada de forma indissolúvel à sobrevivência do regime e à de kim jong-un como manifestação do regime», concretiza.
estas informações vêm confirmar o que alguns analistas já haviam antecipado: que a coreia do norte – fundada em 1948 como governo de plenos poderes concentrados na figura do líder – vai ser governada por um grupo.
sol
(actualizada às 13h54)
