o filme mistérios de lisboa continua a ser distinguido. desta feita aparece como sétimo melhor filme do ano, na listagem dos cerca de 200 críticos consultados pelo site indiewire, fundado em 1996 e considerado uma referência na sétima arte. raul ruiz foi votado o quinto melhor realizador do ano, patamar atingido também pelo argumento do filme.
a maior surpresa nestas distinções acontece ao nível da representação portuguesa, também distinguida. adriano luz aparece em 34.º lugar na listagem dos melhores actores secundários – acima de actores como adrien brody ou kiefer sutherland; e maria joão bastos aparece logo de seguida, em 38º lugar, lado a lado com outra actriz de mistérios de lisboa, clotilde hesme, à frente de jodie foster, julianne moore e winona ryder.
pelo sexto ano, o site indiewire convocou cerca de 200 críticos norte-americanos para nomear o melhor do ano em termos de cinema. se no ano passado o grande vencedor foi a rede social – que acabou por vencer o óscar -, este ano o galardão de melhor filme do ano coube a a árvore da vida.
antes destas distinções, mistérios de lisboa já havia conquistado a concha de prata de melhor realizador no festival de san sebastián, o prémio louis delluc, o prémio da crítica no festival de cinema de são paulo, e foi ainda nomeado para o prémio lux do parlamento europeu.
mais recentemente, a adaptação do entretanto falecido realizador raul ruiz da obra oitocentista de camilo castelo branco, continuou a receber aplausos do público e da crítica e foi distinguido nos golden satellite awards, atribuídos pela international press academy, como melhor filme estrangeiro; e pela associação de críticos de cinema de toronto, também com o prémio de melhor filme estrangeiro.
o maior prémio, porém, ainda pode estar para vir. juntamente com josé & pilar, mistérios de lisboa integra a lista das 265 longas-metragens aceites para uma possível nomeação nos óscares na categoria de melhor filme. até agora o caminho promete.