em média regista-se um aumento de 15% dos resíduos sólidos urbanos por esta altura do ano, com a agravante de serem poucos os que os reciclam. este ano, não vá em euforias. ao escolher o melhor presente para o planeta, está também a contribuir com um grande mimo para si: um mundo melhor…
quer sugestões? ei-las. comecemos pelo consumo. gaste apenas na medida das suas possibilidades; se respeitar os seus limites de endividamento acaba por ser mais criterioso nas escolhas, logo mais sustentável. ofereça presentes úteis, duráveis e reparáveis, que não estejam embalados em excesso, já que por norma são mais caros e misturam vários materiais, o que dificulta a reciclagem. em tempos de crise, por que não uma prenda ‘faça você mesmo’? que tal uma compota caseira com a foto da família no rótulo, molduras de papel usado ou um arranjo de flores secas? e quanto ao papel de embrulho? use e abuse do papel em segunda mão, que sobreviveu de edições natalícias anteriores, ou então dê uso aos jornais e às revistas velhas que tem em casa. dispense as fitas ou reutilize as do passado. sabia que 61 mil quilómetros de fita podiam atar um laço em volta do planeta? se cada família reutilizasse 60 centímetros de fita, atingiríamos esse número num ápice.
nunca, mas nunca, sacrifique um pinheiro vivo para enfeitar a casa; se optar por uma árvore artificial escolha as recicláveis. quanto aos enfeites, regresse à infância e apanhe do mato decorações naturais, como pinhas, flores e frutos secos, ou crie os seus a partir da reciclagem e reutilização de materiais. evite ao máximo as decorações de plástico. quer efeito de neve? faça pipocas. luzinhas? substitua as convencionais pelas actuais de led, energeticamente eficientes. à mesa, não use copos, pratos, talheres ou guardanapos descartáveis, escolha os de pano, mais requintados, e tire do armário aquele bonito serviço para ocasiões especiais.
para oferecer uma mesa rica e bonita em conteúdo não precisa de fazer um tacho para 20, quando são só dez a comer. desperdícios só se for para levar ao centro social ou ao banco alimentar mais próximo. o seu lixo pode ser o luxo de outros. e um natal mais verde é também mais solidário…
filipa.moroso@sol.pt