quatro anos e meio, o tempo que os adeptos ‘gunners’ e, diga-se, arsène wenger, treinador do arsenal, tiveram que aguardar para voltarem a ver o melhor marcador de sempre do clube a resolver uma partida. aos 34 anos, henry fez questão de dar essa alegria.
afinal de contas, quantos clubes no mundo podem dizer que viram uma lenda, já imortalizada com uma estátua à porta do estádio, a regressar ao ‘seu’ palco e a decidir encontros? aqui arriscamos a dizer: muito poucos. e, aos 78 minutos, cerca de 30 mil pessoas soltaram gritos efusivos quando henry desviou a bola do guarda-redes do leeds united para o canto mais distante, bem ao seu estilo.
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a emoção foi contagiante. henry começou a correr, aos pulos e de braços abertos, dirigindo gritos de celebração aos adeptos, antes de chegar a um abraço com arsène wenger, o seu treinador de sempre, que no mónaco o lançara como uma jovem promessa, antes de o promover a lenda nos ‘gunners’ e de, agora, possibilitar «a expansão» do estatuto.
«já era uma lenda aqui, mas com este golo alargou esse estatuto. foi como um sonho, como o tipo de histórias que toda a gente conta aos seus filhos», descreveu wenger no rescaldo da partida, como lembrou o as.
a emoção latente ficou por demais evidente nas palavras de henry, com destaque para uma diferença que o daily telegraph não deixou escapar: «regressei ao clube como um adepto, antes não o era. agora já sei o que alguns jogadores do liverpool ou manchester united sentiam quando marcavam um golo pela sua equipa».
a confidência do gaulês contribuirá ainda mais para imortalizar o momento que se vive no estádio emirates, em londres. se, nos dois meses que se seguem, henry voltará a ter sucesso, teremos que esperar para ver. «nunca pensei que voltaria a jogar pelo arsenal e logo a decidir um jogo», soltou o avançado. mas, e tal como até o técnico do leeds expôs, tudo parecia «estar escrito nas estrelas».