dissipam-se assim as dúvidas sobre o acordo, firmado em 2007, que inicialmente previa a compra destas 12 aeronaves e ainda de oito aparelhos a320, com uma cláusula de opção para a aquisição de mais três a350. no entanto, após o eclodir da crise financeira internacional, em 2008, a tap decidiu cancelar a aquisição dos a320 e não vai accionar a cláusula de opção para ficar com os outros três a350. a operadora podia ainda cancelar o negócio relativo aos restantes 12 a350, mas a administração já decidiu que este ano começa a efectuar os pagamentos, tal como estipulado contratualmente.
a decisão prende-se com a necessidade de substituição da frota de longo curso. os quatro a340 e os 12 a330, dedicados a viagens longas, tinham uma idade média, no final de 2010, de 16 e de nove anos, respectivamente. serão gradualmente substituídos pelos novos equipamentos, entre 2015 e 2018, ano em que chegam a portugal as últimas aeronaves.
o conforto e a qualidade do serviço, mas também a subida do preço dos combustíveis, pesaram na decisão final da equipa liderada pelo presidente fernando pinto. «com os novos aviões estimamos uma poupança média de 20% no consumo de combustível», diz ao sol fonte oficial da empresa. em 2011, os custos da empresa com combustíveis dispararam 40%, provocando uma despesa extra de 170 milhões de euros.
os a350 encomendados pela tap têm capacidade para transportar 330 passageiros (ver infografia). a empresa já não recebe aviões novos desde 2008.
financiamento garantido
as dificuldades de financiamento que afectam a economia portuguesa não prejudicam o negócio. «o financiamento foi assegurado na altura do acordo e os pagamentos serão efectuados ao longo de vários anos», sublinha a fonte.
para além disso, o administrador responsável pelas finanças, michael conolly, garantiu ao sol, à margem de uma conferência de imprensa, no final de dezembro, que a empresa pública «não tem tido dificuldades em se financiar, conseguindo mesmo estabilizar a evolução da dívida».
a dívida da companhia de bandeira portuguesa caiu 2% entre 2009 e 2010, de 1.303 milhões de euros para 1.277 milhões, segundo o relatório e contas de 2010.