uma piscina desenhada pelo arquitecto souto de moura (e que dá a ilusão de fazer parte do próprio rio) abre-nos o apetite para uma jornada de enoturismo neste local paradisíaco. o projecto já está a andar e enquanto não chega esse dia é pelo menos obrigatória uma visita! e vão abrir uma loja. mas vamos ao que cá nos trouxe: o vinho.
a receber-nos tivemos tomás roquette, um dos filhos de leonor e jorge roquette, casal que assumiu a gestão da propriedade em 1981. as primeiras referências à quinta do crasto datam de 1615, tendo sido adquirida no início do século xx pelo avô de leonor, constantino de almeida. a exploração foi depois continuada pelo filho, fernando de almeida, até à actual geração.
as provas que fizemos, durante o tentador almoço elaborado pelo italiano bruno e composto por sopa de tomate, lombelos de porco com couves da quinta, queijos e doces, incidiram nos tintos quinta do crasto superior 2009 e quinta do crasto reserva vinhas velhas 2009, e terminaram nos vinhos do porto vintage 2000 e vintage 2001.
destes, escolhemos hoje para destaque o reserva vinhas velhas 2009, feito com uvas de vinhas velhas com uma média de idade de aproximadamente 70 anos e onde podemos encontrar 30 castas diferentes.
o aroma integra muito bem fruta com madeira e revela notas de especiarias. na boca, mostra-se intenso e transmite um longo final, ou seja, a sensação que o vinho deixa. e não devemos esquecer que um bom vinho tem sempre um longo fim de boca. com um teor alcoólico de 14,5% é ideal para acompanhar pratos fortes de carne ou caça.
jose.moroso@sol.pt