«a insuficiência ou deficiência de vitamina d é considerada um problema de saúde pública no mundo, devido às suas implicações no desenvolvimento destas patologias», afirma ao sol paula freitas, do serviço de endocrinologia do centro hospitalar são joão, no porto.
apesar das consequências, o diagnóstico da carência desta vitamina é caro e não comparticipado, a que se soma a ausência de sintomas: «caracteriza-se por cansaço e dores musculares, mas estes podem ter outra causa ou serem atribuídos à correria do dia-a-dia».
os regimes alimentares pobres em peixes gordos, o facto de as pessoas trabalharem cada vez mais em espaços fechados, sem contacto com a luz directa do sol, prejudicam a absorção de vitamina d, sintetizada na pele sob a exposição da luz ultravioleta.
o ideal é apostar na prevenção, em especial no que diz respeito aos grupos de risco, como os idosos e os doentes crónicos – introduzir, por exemplo, peixes gordos e alguns lacticínios na dieta e apanhar sol. «principalmente no inverno, em que a luz solar é mais diminuta» e menos perigosa.
a associação da deficiência deste nutriente ao colesterol também está a ser investigada. recentemente, cientistas descobriram que a vitamina d pode reduzir os níveis de ldl, o que se traduz num menor risco de doenças cardiovasculares.