«na próxima revisão de maio apresentaremos algumas alternativas à troika», disse sérgio silva monteiro, esclarecendo que tal «não é uma obrigação imposta pela troika».
o governo está igualmente a estudar a melhor solução para passar a dívida das empresas públicas de transportes para a esfera do estado.
«a dívida das empresas de transportes é dívida pública e deve ser tratada como tal», sublinhou sérgio silva monteiro. «qualquer solução deve ser tomada tendo em conta que todas estas dívidas fazem parte de um ‘bolo’».
questionado pelo sol se a reestruturação da dívida era um cenário em estudo, sérgio silva monteiro referiu «que são vários os cenários em cima da mesa». «a dívida deve ser gerida pelo estado em conjunto com os seus credores», disse.
«a troika percebe o problema do sector, tem tido um diálogo muito franco em relação a este tema», adiantou o responsável governamental.
a dívida das sete maiores empresas de transportes públicas – cp, refer, carris, stcp, metro de lisboa e do porto e transtejo / soflusa – é um fardo bem pesado. em 2010, o pagamento de juros foi responsável por três quartos dos prejuízos destas empresas. a reforma do sector posta em prática pelo governo tem ajudado as empresas a apresentarem resultados operacionais positivos, mas que são anulados pelo ‘peso’ dos encargos financeiros. daí a preocupação do governo em aliviar as empresas deste fardo.
o secretário de estado dos transportes esclareceu ainda que a reestruturação operacional não é suficiente «para pagar a dívida acumulada ao longo de anos».
para além da redução no número de trabalhadores – 1.900 em 2011, segundo disse hoje o ministro da economia -, dos cortes na oferta e do aumento de 15% dos preços em agosto e de 5% em fevereiro, o governo vai avançar com a junção do metro de lisboa com a carris e do metro do porto com a stcp.