15 produtores, 18 quintas, um néctar

O projecto é único: 15 produtores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelas três sub-regiões do Douro (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior), juntaram-se para atingir uma meta que individualmente não conseguiam – produzir vinhos de alta qualidade.

partilharam recursos, trocaram saberes e experiências e casaram a tradição com tendências e técnicas inovadoras. e o que, à primeira vista, poderia parecer mais complicado (conjugar 18 quintas), viria a revelar-se afinal um grande segredo. com uma enorme multiplicidade de castas, vinhas de diferentes idades e a diferentes altitudes, e com grande diversidade de solos, conseguiram emprestar aos seus vinhos complexidade e sabor.

o nome escolhido para o projecto – lavradores de feitoria – foram buscá-lo à história. o marquês de pombal, que foi o fundador da região demarcada do douro, costumava seleccionar os melhores vinhos desta zona, destinando-os aos apreciadores mais exigentes (nacionais e estrangeiros). pela sua qualidade eram chamados vinhos de feitoria, e porque se quis manter este elevado padrão, os lavradores da região resolveram aproveitar esse baptismo, fundando a empresa, em 2002, com o actual nome.

o vinho que hoje escolhemos é o topo de gama da casa e vai chegar ao mercado até finais de março. prepare-se, pois, para o receber de braços abertos uma vez que é um vinho elegante e harmonioso. tem uma cor vermelho-escura e o aroma revela-se frutado (a amora e groselha), apresentando alguma madeira, mas muito bem integrada. no paladar, a fruta madura volta a revelar-se. e é encorpado. na boca tem um final persistente.

é um vinho que se aconselha a sua guarda. com um teor alcoólico de 14%, está destinado a acompanhar pratos de carne vermelha e caça, ambos com sabor forte. bacalhau no forno é outra hipótese.

jose.moroso@sol.pt