segundo os dados hoje divulgados pelo presidente da empresa, só em juros da dívida a empresa pagou 99,6 milhões de euros, o que anulou o resultado operacional de 15,1 milhões de euros.
«temos muitas restrições na banca portuguesa, que só faz operações de financiamento a 30, 60 e 90 dias, com spreads altíssimos», explicou silva rodrigues. o presidente da transportadora diz que a empresa tem sofrido, por isso, um aumento nos custos financeiros.
a dívida da empresa aumentou 20 milhões de euros para 693,3 milhões de euros, mesmo assim abaixo do limite de 6% imposto pelo estado.
estes resultados são a prova, tal como referiu ontem o secretário de estado dos transportes, sérgio silva monteiro, que uma operação equilibrada não vai resolver o problema da dívida das empresas de transportes. por isso, o presidente da carris está ao lado do governante ao defender que a dívida das empresas do sector deve passar para o estado.
«esta dívida é dívida pública, foi assumida por empresas do estado e toda foi autorizada pelo governo da república. isto, tal como está, não é sustentável, a situação continuará a ser de grande escassez», referiu silva rodrigues quando questionado pelo sol sobre as possíveis soluções para o problema da dívida histórica das empresas.
(actualizada às 12h37)