Governo subsidia corte de 300 empregos na Carris em 2012

A empresa pública de transportes Carris vai cortar mais 300 postos de trabalho, este ano, na empresa, referiu hoje o presidente da empresa durante a apresentação de resultados anuais, quando questionado pelo SOL.

após o ano passado a empresa ter efectuado uma redução líquida de emprego de 137 postos de trabalho, este ano a redução do peso do efectivo vai continuar, garantiu silva rodrigues. no total, serão 300 trabalhadores que sairão da empresa através de reformas ou rescisões de contrato até ao final do ano. destes, cerca de 80 processos já foram fechados desde o início do ano.

a empresa está neste momento em contacto com o governo para garantir apoio financeiro para pagar as indemnizações aos trabalhadores, que deverão rondar os sete milhões de euros este ano.

«o plano de reestruturação é fundamental para o governo e acredito que o governo encontrará os meios financeiros necessários para este processo. apesar do quadro macroeconómico exigente, não duvido que os recursos mínimos para a reestruturação serão disponibilizados», avançou o presidente da carris.

a empresa pretende continuar assim o caminho para reduzir custos. em 2011, os custos operacionais atingiram o valor mais baixo de sempre, ao fixaram-se nos 128,9 milhões de euros, menos 32,2 milhões do que em 2010.

tal foi possível, principalmente, devido ao corte de 17,6% nos encargos com fornecimentos e serviços externos e com a massa salarial, num total de 20,5 milhões de euros a menos em relação a 2010. para além do corte nos trabalhadores, a empresa efectuou a revisão dos contratos de fornecimentos de serviços externos e acabou com todos aqueles que acha não serem «fundamentais».

tal com o sol já tinha noticiado, a carris sofreu uma queda de sete milhões de passageiros para um total de 233 milhões em 2010, devido ao aumento de preços e cortes na oferta.

frederico.pinheiro@sol.pt