silva rodrigues referiu que os efeitos destas pressões estão na base da dívida das empresas de transportes acumulada nos últimos anos.
«ao longo destes nove anos recebi orientações políticas para conduzir as negociações de política negocial e tarifária que serviam determinados objectivos», respondeu silva rodrigues.
o gestor que dirige a carris desde 2003 só não se foi embora porque estas pressões nunca quebraram os seus valores éticos.
«enquanto estas empresas forem públicas serão braços, instrumentos políticos. podem ser tomadas boas ou más decisões devido a esta situação», referiu o presidente da carris.
silva rodrigues defende por isso, apesar de ser gestor público, que a gestão por empresas privadas poderia trazer melhores resultados às empresas.
«o desligamento dessas empresas do poder político» evitaria a tomada de decisões cuja eficácia coloca em causa a rentabilidade das empresas.
este ano será criada uma empresa que juntará a carris e o metro e cuja operação será concessionada a empresas privadas, segundo a estratégia do governo. o processo deverá estar finalizado até ao final do ano.