o plano será desenhado em parceria com técnicos de bruxelas e irá assegurar, entre outras medidas, os jovens estejam em estágios ou empregados, num período máximo de quatro meses após a conclusão dos estudos.
o pedido de um plano de acção foi feito, no final de janeiro, por carta ao primeiro-ministro e sugere a reafectação das políticas nacionais e de todos os fundos europeus para a redução do desemprego entre os mais jovens com carácter de «urgência», escreveu barroso a pedro passos coelho.
em portugal, o desemprego já atinge um em cada três jovens entre os 15 e os 24 anos (alcançou 35% no final de 2011) e desde o início da crise, em 2008, subiu 75% em portugal.
bruxelas aponta a excessiva segmentação do mercado laboral, a baixa qualificação e alta percentagem de desemprego de longa duração entre os mais novos como as causas do elevado desemprego neste segmento em portugal.
o país é, aliás, um dos oito estados-membro da ue (junto com espanha, grécia, eslováquia, lituânia, itália, letónia e irlanda), para onde bruxelas vai enviar equipas de acção para trabalhar com os respectivos executivos, sindicatos e patrões no desenho de uma estratégia. os técnicos da ce estiveram esta semana em lisboa, numa visita de dois dias, com o objectivo de fazer um levantamento da situação nacional. uma das prioridades deste grupo é acelerar e facilitar o acesso das pequenas e médias empresas (pme) – criadoras de 80% dos empregos na ue – aos futuros programas de financiamento europeus para a empregabilidade dos jovens.
ao sol, o gabinete de marcel haag, responsável pela coordenação das equipas de acção e do programa lançado por barroso, salienta que bruxelas vai pedir aos governos para dar prioridade às políticas de emprego na selecção da despesa do estado, mas negou a imposição de um limite mínimo para este fim.
entre as medidas em cima da mesa contam-se apoios financeiros a empresas que empreguem jovens licenciados, financiamento de estágios, adaptação da oferta de ensino às necessidades do mercado laboral, apoiar o auto-emprego, programas para reduzir o abandono escolar precoce e até fazer nova reforma laboral, adianta o gabinete de marcel haag.