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aceite a proposta, começou-se a traduzir a peça de büchner sobre o pós-revolução francesa, enquanto, ao mesmo tempo, acontecia, na realidade, por cá uma pequena versão da revolução, com várias decapitações, entre as convulsões na direcção de guimarães, a saída de diogo infante do dona maria ii. silva melo chegou a temer que o projecto não se concretizasse. a uma semana dos ensaios, com mais de 30 actores contratados, as dúvidas permaneciam, sem razão. a grande produção teatral do ano estreia-se hoje, em guimarães, no palco do centro cultural vila flor.
george danton (miguel borges), um dos líderes da revolução francesa, insurge-se contra o terror praticado pelos seus correligionários, entre eles robespierre, que ordenará a pena de morte a danton.
jorge silva melo confessa que a vontade de levar a peça à cena não foi para fazer uma reflexão sobre o passado, mas teve a intenção de passar uma mensagem relativa à actual política cultural: «apresentar nesta altura da vida portuguesa um espectáculo com 44 actores também é perguntar: meus senhores, o que vamos fazer com esta gente toda?».
por agora, sobem ao palco do vila flor (hoje e amanhã), e depois seguem para lisboa, onde ficam em cena no teatro dona maria ii entre 15 de março e 22 de abril, numa co-produção entre os artistas unidos, o dona maria ii e guimarães – capital europeia da cultura.