a partir de abril, e até ao final de 2013, as empresas do sector poderão recorrer a duas novas linhas de crédito, que surgirão no seguimento do memorando de entendimento assinado ontem entre a tutela e 13 bancos.
uma, com 80 milhões, destina-se a suprir as necessidades de tesouraria no curto prazo. a outra, no mínimo de 120 milhões – dos quais 60 milhões alocados pelo turismo de portugal –, visa apoiar a requalificação de empreendimentos e suportar concentrações e fusões no sector.
«há uma mudança de paradigma», justificou a secretária de estado, após a assinatura do memorando, na bolsa de turismo de lisboa (btl). «tivemos até agora um modelo centrado nas novas construções e sofremos as consequências, com uma pressão grande sobre os preços, porque a oferta cresceu a um ritmo muito mais acelerado do que a procura», sustentou cecília meireles. «e o facto de a oferta ter centrado o seu retorno e rentabilidade na venda de imobiliária turística, que não veio a verificar-se, causa um peso muito grande sobre os projectos. estamos a corrigi-lo e não devemos apenas centrar-nos em mais oferta nova, mas também na reabilitação», disse.
«são instrumentos que evitarão insolvências e o aumento do desemprego no sector, mas também garantem a continuidade da exigência na oferta no turismo em portugal», já tinha dito o ministro da economia, quarta-feira, quando anunciou as linhas gerais dos novos apoios ao sector.
também a captação e reforço de rotas aéreas terá um apoio de 15 milhões, no âmbito da nova versão do programa iniciativa.pt. para reduzir a sazonalidade – sobretudo na época baixa –, aumentar as frequências semanais ou lançar novas operações aéreas, turismo de portugal, ana e órgãos regionais de turismo comprometem-se a investir este montante – que compara com os 13,3 milhões gastos desde 2007 – nos próximos sete anos, o que não deverá ser afectado pela privatização da gestora aeroportuária.
«não põe em causa o programa, porque o interesse é mútuo», assegurou cecília meireles, ao sol. durante a btl, foram ainda apresentados novos investimentos para promoção turística.
até novembro será aplicado um milhão de euros numa campanha dedicada ao turismo interno. e o turismo religioso e o turismo das comunidades portuguesas terão planos de marketing específicos em vigor até 2014, que merecerão 680 mil euros e 1,5 milhões, respectivamente.
promoção
turismo religioso e turismo das comunidades portuguesas (emigrantes e luso-descendentes) vão ter planos de marketing específicos, com 680 mil e 1,5 milhões de euros, respectivamente
