Atletas britânicos aconselhados a não dar apertos de mão nos Jogos Olímpicos

A maior e mais antiga competição de desporto volta este ano a disputar-se em Londres. A capital inglesa vai acolher os Jogos Olímpicos e mais de 10 mil atletas, a grande parte dos quais começa a sua preparação muitos meses antes de a prova ter início. Uma preparação que, aos olhos do Comité Olímpico Britânico…

há cerca de quatro anos, as olimpíadas de pequim, na capital chinesa, chegaram ao fim com o reino unido na quarta posição dos países com mais medalhas conquistadas, na altura, com 47. agora, em 2012, o território visa melhorar esse registo, no ano em que acolhe mais de 10 mil atletas provenientes de 204 países participantes.

e, ao que parece, todos os cerca de 550 atletas que vão perfazer o contingente britânico nos jogos receberam um conselho comum para a sua preparação: evitar apertos de mão aos seus adversários.

a razão, de resto, foi resumida pela associated press: germes olímpicos podem custar o ouro olímpico. por outro lado, ian mccurdie, o responsável pelo gabinete médico do boa, revelou e explicou o seu apoio à medida. «não é uma coisa assim tão má para se aconselhar (…), pois durante uma prova, por vezes tem que se apertar a mão a uma linha de 20 pessoas», argumentou.

«fundamentalmente, estamos a falar em reduzir o risco de doenças e optimizar a resistência [dos atletas], minimizando a exposição a bactérias», prosseguiu, antes de reduzir tudo ao que considerou um simples ponto: «higiene de mãos, tudo se trata de higiene de mãos».

não só nos jogos olímpicos, como em qualquer prova desportiva um pouco por todo o mundo, o hábito e tradição de cumprimentar outros jogadores e adversários é algo quase inato. mas os responsáveis britânicos querem que os seus atletas evitem ao máximo este simples gesto de etiqueta, numa nação que, pela sua história e tradição, prima exactamente pelos seus valores e educação.

«quando alguém estende a mão num cumprimento amigável e não estendemos a nossa mão devido a preocupações de higiene, isso pode ser muito rude», sublinhou liz wyse, uma das muitas conselheiras de etiqueta britânicas.

confrontada com esta hipótese, patrick sanduscky, um porta-voz da equipa olímpica norte-americana, frisou que nenhum conselho ou aviso do género será dado aos atletas que em irão a londres representar o país.

a ambição britânica para os jogos olímpicos de londres é grande, e ao que parece estará a ser pensada ao pormenor. ao que parece, até ao mais ínfimo e inesperado detalhe.

sol com ap