«penso que é uma pena e sinceramente é uma loucura», disse geroulanos quando questionado pela agência lusa sobre portugal ter deixado de ter um ministério da cultura após a tomada de posse do governo de pedro passos coelho.
«eu não quero aconselhar outros governos a fazer o que quer que seja, mas o que posso dizer é que na grécia mantivemos intacto o ministério da cultura», sublinha o ministro grego, que acredita na importância simbólica e política do ministério, em tempo de crise.
«um ministro da cultura desempenha um papel simbólico, apesar dos cortes orçamentais para representar e falar pelo país», diz geroulanos, referindo que a cultura pode gerar «benefícios» e promover a imagem nacional.
«o nosso país não cria apenas muitos benefícios através da cultura mas fala ao mundo através da cultura e ter uma voz forte especialmente no meio da crise é muito importante», refere.
«alguns dos nossos melhores embaixadores em todo o mundo são as pessoas das artes, que se movem bem na arena internacional através do cinema, da arquitectura e da arte e andarem no estrangeiro a falar pela grécia é um dos melhores investimentos que podemos ter», explica o ministro grego que pretende combinar a cultura com o turismo porque, defende, «permite aplicar sinergias» entre as duas áreas.
«há sempre um debate sobre as funções de um ministro da cultura e quais são os propósitos que o ministério deve ter, mas se isolarmos estas duas coisas encontramos boas razões para termos a cultura ao nível ministerial e é nisto em que acreditamos desde o princípio», frisa.
o ministro da cultura da grécia, socialista do pasok, refere também que um dos principais objectivos é evitar que os jovens, sobretudo os estudantes e recém-licenciados, abandonem o país.
«tento persuadir os jovens a ficar aqui e evitarem da emigração», conclui o ministro da cultura do governo de coligação grego.