demitido sem prestígio face aos resultados e, sobretudo, à polémica que gerou em torno da sua relação com os principais jogadores do clube, scolari abandonou o clube londrino em 2008 e, quando os rumores começaram a intensificar-se em volta do futuro de andré villas-boas no clube, o brasileiro voltou a lembrar que «a cultura do chelsea é muito diferente».
o instável percurso de villas-boas à frente dos ‘blues’ – apenas 19 vitórias em 40 jogos oficiais –, a par das suas escolhas de relegar por várias vezes jogadores como frank lampard e didier drogba para o banco de suplentes, fizeram renascer os rumores que atormentaram a vida de scolari no chelsea: a influência do grupo de ‘trintões’ no clube.
ontem, quarta-feira, surgiu outro sinal que isso deu a entender. partida decisiva em stamford bridge, onde os ‘blues’ tinham de dar a volta à derrota que traziam de nápoles (3-1) de modo a seguirem em frente para os quartos de final da liga dos campeões. o chelsea consegue o mais difícil e iguala a eliminatória, levando o jogo para prolongamento onde, ainda no início consegue colocar-se em vantagem (4-1) com o golo de branislav ivanovic.
a ordem era para controlar e defender o resultado, perante o ímpeto atacante de um nápoles que, assente no trio lavezzi-cavani-hamsik, ia ameaçando a baliza de petr cech. o desgasta nos jogadores do chelsea era evidente, e tinha já obrigado john terry a ser substituído.
vários jogadores iam-se queixando do cansaço, entre eles david luiz e didier drogba e, já perto do final da partida, algum deles terá pedido para ser substituindo, esquecendo-se que di matteo tinha já esgotado as três trocas a que tinha direito.
nesse momento, as câmaras televisivas apontaram para o banco dos londrinos, onde se via john terry a responder aos apelos vindos do relvado, dando depois instruções a quem o questionava. tudo isto ao lado do treinador, que se mantinha calado e observador. apenas depois de emitir as suas ‘ordens’, o capitão do chelsea comunicou ao treinador italiano o que tinha acabado de comunicar.
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um sinal de demasiada influência ou uma simples conversa entre jogadores? as imagens televisivas pouco deixam concluir, mas deverão ter suscitado questões sobre de quem vêem, afinal de contas, as ordens e instruções no chelsea.
o episódio também serviu para lembrar as queixas de scolari, que nos breves meses em que esteve ao serviço do clube encheu as páginas da imprensa britânica com a alegadamente tensa relação que mantinha com didier drogba, avançado costa-marfinense que, a par de john terry, frank lampard e ashley cole, constitui o núcleo da ‘velha guarda’ do chelsea.