A história, sete anos e 234 golos depois [vídeos

Primeiro dia de Maio, o ano é 2005. Por essa altura, o renovado Barcelona de Frank Rijkaard, com Ronaldinho a liderar um pelotão de estrelas com Deco entre os seus seguidores, seguia já embalado para a conquista do campeonato. Mas, nesse dia, além da vitória sobre o Albacete, o Camp Nou assistiu ao momento em…

o tempo era curto e, por isso, a missão acrescia em dificuldade.
o pequeno argentino, recém-promovido à primeira equipa do barça, entrou em
campo aos 87 minutos, e o tempo era escasso para um jovem de 17 anos deixar a
sua marca na partida.

os adeptos ‘blaugrana’ ansiavam ver mais acção do menino-prodígio
que, com 13 anos, tinha chegado a la masia – academia de treinos do barcelona
-, vindo da distante cidade argentina de rosário, ainda atormentado por
problemas hormonais de crescimento.

com 17 anos, o internacional argentino deu oficialmente a
conhecer a faceta que hoje, quase sete anos volvidos, o caracteriza cada vez
que entra em campo: os golos. nesse dia, o primeiro golo com a camisola sénior do
barcelona viria de chapéu, e podiam até ter sido dois, não fosse o árbitro
anular-lhe o primeiro feito, ao marcar um fora-de-jogo que não existiu.

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esse primeiro dia de maio acolheu o primeiro de 234 golos
que a ‘pulga’ coleccionou até ontem, terça-feira, quando marcou mais três
diante do granada, tornando-se assim o melhor marcador da história do clube
catalão. por feliz coincidência ou obra do acaso, o golo (o segundo) com que
messi igualaria césar rodríguez – anterior detentor do recorde -, surgiria de
chapéu.

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tudo quando messi conta ‘apenas’ com 24 anos de idade e
ainda muitas épocas para disputar. em números, o internacional argentino
demorou sete temporadas e 314 jogos para o conseguir, um período em que
conquistou igualmente três ligas dos campeões e três prémios para o melhor
jogador do mundo, o primeiro deles a surgir aos 21 anos de idade.

recuando aos tempos em que começou a despontar em rosário,
na argentina, ao pequeno messi já auguravam grandes feitos. salvatores
aparicio, seu treinador nas camadas infantis, diz que a ‘pulga’ costumava
«roubar a bola ao próprio guarda-redes e fintar todos os jogadores
[adversários] que se cruzavam no seu caminho», marcando «cinco ou seis golos
por jogo».

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hoje em dia, o argentino tende a roubar apenas protagonismo
aos restantes jogadores que partilham o relvado consigo, que vai ofuscando com
golos, assistências e dribles em quase todos os encontros em que participa.

o maior desafio da sua carreira será conseguir ainda uma
conquista com a sua selecção, ou seja, vencer um campeonato do mundo de
futebol, algo que tanto críticos como adeptos do desporto continuam a apontar.

em 2014, ano em que o brasil acolhe a prova, messi deverá
ter nova oportunidade de guiar a argentina à glória num mundial, algo que diego
maradona, seu conterrâneo e um dos ‘adversários’ a que seja reconhecido como o
melhor de sempre, conseguiu fazer em 1986.

até lá, o internacional continuará a escrever a sua história
com a camisola do barcelona. 

diogo.pombo@sol.pt