à semelhança do ocorrido em outubro de 2008, para assinalar esta 30ª edição – com o tema cross – o portugal fashion (pf) estendeu a sua passerelle do porto até lisboa. mas se em 2008 foi o encerramento que teve lugar na capital, desta vez foi o arranque, ontem.
assim, cerca de uma semana e meia depois da modalisboa, foi a vez de um segundo evento, o pf trazer as propostas dos criadores nacionais a lisboa. a ideia, garante francisco maria balsemão, presidente daassociação nacional de jovens empresários (que organiza o pf), foi dar «mais força promocional» ao projecto e aos criadores ao pf que, apesar de sedeado na invicta, já conheceu, ao longo da sua história, edições em várias cidades do país, como figueira da foz, portimão ou funchal, tendo passado por paris, nova iorque, barcelona e são paulo.
assim,esta visita a lisboa começou no mude – museu do design e da moda, com a quarta edição do espaço bloom, uma plataforma que visa promover jovens designers. os escolhidos para esta vinda a lisboa foram quatro jovens que têm sobressaído em edições anteriores do pf: estelita mendonça, daniela barros, andreia lexim e hugo costa. os quatro mostraram colecções pormenorizadas e estruturadas, com enorme atenção ao detalhe e ao trabalho de acabamentos. esta pequena amostra do bloom, coordenado pelo também designer miguel flor, voltou a dar sinais da vitalidade que os jovens designers têm demonstrado, apesar das dificuldades transversais ao país.
de seguida, felipe oliveira baptista trouxe a lisboa, cidade onde já não desfilava há anos, a mesma colecção que fez sucesso em paris no final de fevereiro. perante uma plateia cheia e curiosa para ver as propostas do mais internacional dos criadores portugueses, a colecção underdive foi uma explosão de cor e trabalho gráfico, fazendo justiça à banda sonora do seu desfile em que se pôde ouvir o verso: ‘quem manda nessa porra aqui sou eu!’.
coube à dupla alves/ gonçalves encerrar o primeiro dia do pf e esta visita a lisboa. na belíssima sala da sociedade portuguesa de geografia, a dupla que tinha decidido não estar presente na última edição da modalisboa por indisponibilidade para criar uma colecção, aparentemente mudou de ideias e aceitou o convite do pf. na passerelle, propostas que jogavam com os volumes e silhuetas, e os tecidos brilhantes e mates.
o pf prossegue, até sábado, na alfândega do porto, num total de 32 desfiles, com 19 criadores – incluindo nove jovens designers – e 17 marcas de vestuário e calçado.