destaque para a inauguração de manuscritos, exposição em que, numa iniciativa inédita, se exibe a primeira edição de obscuro domínio (1972), de eugénio de andrade, com as rasuras e alterações feitas, à mão, pelo próprio autor. uma oportunidade de ver de perto o trabalho de um dos mais destacados poetas portugueses, que fez diversas anotações ao texto, com o objectivo de o aperfeiçoar na sua segunda edição. a mostra fica patente na galeria mário cesariny, até 21 de abril.
mas muito mais há para fazer nesta festa da poesia. a partir das 15h personalidades como emílio rui vilar, guilherme d’oliveira martins, francisco josé viegas, almeida faria, fernando pinto do amaral, jorna carneiro, jorge fazenda lourenço, jorge vaz de carvalho e nuno crato (entre outros), participam numa maratona de leitura de poemas de jorge de sena, na sala fernando pessoa. ao longo do dia será também projectado o escritor prodigioso, documentário sobre jorge de sena, assinado por joana pontes (sala eugénio de andrade).
com início à mesma hora, mas na sala luís de freitas branco, poetas e outras figuras públicas dizem poesia, sua ou de outros, estando presentes manuel antónio pina, pedro tamen, maria teresa horta, ana luísa amaral, miguel manso, nuno júdice, daniel jonas, filipa leal, jaime rocha e josé mário silva (entre outros).
vai ser também pelas 15h que, na sala almada negreiros, o escritor josé manuel fajardo recebe o poeta colombiano armando romero e vários cidadãos latino-americanos, a viver em portugal, que irão ler poesia da sua língua. duas horas depois, pelas 17h, lança-se a antologia um país que sonha – cem anos de poesia colombiana, organizada por lauren mendinueta e traduzida por nuno júdice. no fim, às 17h30, armando romero fala e diz poesia.
haverá ainda espectáculos e workshops, uma feira do livro e vão-se entregar os prémios do concurso faça lá um poema, promovido pelo plano nacional de leitura, acompanhados de leituras de poemas.