actualmente o grupo josé de mello e o arcus têm uma posição conjunta de 53,7% dos direitos de voto na brisa – o grupo mello detém 30,3% das acções da concessionária rodoviária e o arcus detém 19,1% – e estão preparados para investir 700 milhões de euros para controlarem a empresa.
para o efeito criaram um veículo comum detido em 55% pela brisa e em 45% pelo arcus de modo a concretizar a operação.
«caso haja adesão à oferta com muito significado haverá retirada de bolsa da empresa», disse vasco mello, líder do grupo que lidera a operação, hoje, em conferência de imprensa. o objectivo da operação é a empresa ser controlada por dois grupos que investem a longo prazo e fugir à lógica de curto prazo que domina os turbulentos mercados financeiros. para tal, as duas empresas terão de dominar cerca de 90% da brisa.
a operação será financiada «em dois terços por dívida e em um terço por capitais próprios», disse vasco mello. «captamos recursos internacionais e disponibilizamos liquidez ao mercado».
para concluir a operação o grupo mello, detentor de 50% da efacec, de 81,5% da cuf e de 4,8% da edp, não precisará de alienar activos, garantiu o empresário.
os portugueses caixa geral de depósitos, millennium bcp e bes vão participar no financiamento da operação.
o fundo arcus é constituído por mais de 40 fundos de pensões internacionais e por outros investidores institucionais, lê-se no comunicado distribuído pelos jornalistas.
a espanhola abertis é a terceira maior accionista da brisa, com 15,01%, e já anunciou que vai «estudar» a oferta. norges bank (2,01%) e m fundo de pensões do estado de new jersey (2%) fecham o top 5. o resto do capital está disperso em bolsa, detendo ainda a brisa cerca de 8% de acções próprias.
[actualizada às 19h41]