a camargo corrêa, onde trabalha o ex-ministro socialista
armando vara, é a maior accionista da empresa com 32,9% do capital da
cimenteira, cujo chairman, castro guerra, foi secretário de estado do primeiro governo de josé sócrates.
outra empresa brasileira, a votorantim, detém 21,2%. seguem-se
manuel fino, com 10,7%, e o fundo de pensões do bcp, com 10%. 15,6% está nas
mãos de pequenos accionistas.
a confirmar-se esta operação, o papel principal poderá estar
reservado para o estado, que através da caixa geral de depósitos detém 9,6% da
empresa. a posição passou para o banco do estado em 2009 como contrapartidas
dadas pelo empresário manuel fino no âmbito de uma operação de financiamento.
fino não conseguiu pagar o que devia ao banco até à data limite, fevereiro
deste ano, e a cgd ficou com a participação. na altura, o líder da cgd, josé de
matos, deu a entender que o banco tem intenções de realizar mais-valias com a
participação.
o dinheiro poderá ser precioso para os agentes nacionais.
a cimpor é uma das maiores empresas portuguesas, tendo
registado um volume de negócios de 2.275 milhões de euros e um lucro de 198
milhões. a sua actividade desenvolve-se em 12 países, incluindo os gigantes
brasil, de onde provêm quase um terço do volume de negócios, china e índia.