Capitão do Aston Villa diagnosticado com leucemia aguda

Neste caso, a opinião é unânime e merece ser dada: as últimas três semanas trouxeram más notícias para o mundo do futebol, e vêem com ecos da Premier League. Este fim-de-semana, Stillian Petrov, capitão do Aston Villa e da selecção búlgara, foi diagnosticado com uma leucemia aguda, e as suas palavras não deixaram dúvidas: «o…

o anúncio de petrov voltou a atirar o país para uma onda de
apoio e solidariedade em torno de um jogador. a 17 de março, fabrice muamba trouxe
consigo um choque e surpresa após cair inanimado no relvado, ao sofrer um ataque cardíaco durante o encontro
entre o bolton e o tottenham. soube-se depois que o coração do anglo-congolês
tinha ficado parado durante 78 minutos mas, agora, o futebolista prossegue a
sua recuperação.

na sexta-feira, surgiu mais uma notícia que voltou a chocar
os adeptos por terras inglesas. stillian petrov foi diagnosticado com leucemia
aguda e anunciou, aos 32 anos, a sua retirada do futebol. «o futebol terá que
aguardar durante algum tempo, agora tenho que começar a lutar pela minha vida,
e vou lutar», sublinhou petrov.

no dia seguinte, o capitão desceu aos balneários do aston
villa, horas antes da partida frente ao chelsea, e pediu aos seus companheiros
para disputarem o encontro. «vou vencer isto, vou vencer», frisou alex mcleish,
treinador da equipa de birmingham, ao recordar as palavras que petrov proferiu
diante dos restantes jogadores.

no relvado, os ‘villains’ – alcunha dos jogadores do clube
-, seriam derrotados pelo chelsea (4-2), mas o destaque da partida nada teve a
ver com o resultado: ao minuto 19, todo o estádio aplaudiu de pé, em homenagem
ao médio búlgaro, que no clube vestia a camisola com o número 19. antes,
durante o aquecimento, todos os jogadores de ambas as equipas vestiram t-shirts
de apoio a petrov. «os nossos pensamentos estão contigo», podia ler-se em todas
elas.

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o búlgaro assistiu a tudo nas bancadas, ao lado da sua
mulher e filhos, aplaudindo de volta todo o apoio que o estádio lhe enviava,
fossem adeptos do aston villa ou do chelsea.

como explicou o the guardian, os casos de leucemia aguda são
mais comuns em pessoas acima dos 60 anos de idade, mas os 32 anos de petrov
podem facilitar a sua recuperação e ‘luta’ para lidar com os tratamentos aos
quais se terá que submeter.

citando pelo diário inglês, chris brunce, um especialista, destacou
que «ao estar em forma, ele deverá responder bem ao tratamento», antes de
lembrar que «pacientes muito jovens conseguem muitas vezes uma recuperação
total» e a possibilidade de petrov «volta a ser um ser humano perfeitamente
saudável».

ainda se desconhece que tipo de leucemia aguda está a
afectar o búlgaro, mas o médico sublinhou ainda que, em pessoas de meia-idade,
«a taxa de sobrevivência situa-se entre os 40 e 45%».

a leucemia aguda é uma doença que causa que as células mais
jovens produzidas pelo organismo se mantenham na medula óssea, o local onde ‘nascem’.
esta acumulação impede a normal produção e desenvolvimento de outras células no
organismo, como os glóbulos brancos, vermelhos e os leucócitos.

diogo.pombo@sol.pt