ao contrário do que se sente no ‘ocidente’ (um chavão da guerra fria, que faz cada menos sentido, numa altura em que os eixos do poder económico e político mundial estão em mudança profunda), em áfrica, e em angola em especial, há esperança de mudança… para melhor. angola tem recursos naturais e uma população jovem e ambiciosa. tem as grandes empresas mundiais instaladas ou de olhos postos no país – e tem sabido legislar para encontrar o equilíbrio entre os seus próprios interesses e os desses ‘gigantes’ e menos ‘gigantes’ externos, que vêem muitas vezes em angola uma ‘árvore das patacas’. e mostra, pela legislação que tem produzido, que há espaço para todos… mas que o país está primeiro. angola tem uma influência crescente na áfrica austral e nas organizações em que está inserida. o maior desafio, dez anos após o fim da guerra, é o crescimento dirigido a todos, a criação de mais emprego e riqueza, de mais infra-estruturas e desenvolvimento. e este é um desafio de que todos no país têm consciência – para o qual se caminha, eventualmente mais devagar do que o desejável – e pelo qual todos os angolanos (e os estrangeiros que no país fazem a sua vida) devem lutar. angola, ao contrário de tantos países do mundo, tem tudo para vencer. e como esta é uma semana de festa, porque a guerra acabou há dez anos, apetece dedicar a angola o refrão de uma música enviada aos líderes mundiais na conferência de poznan sobre as mudanças climáticas: you’ve got the whole world in your hands. que venham os próximos dez anos.
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