falando como testemunha na 43.ª sessão do julgamento
do caso face oculta, que está hoje a decorrer no tribunal de aveiro, o
presidente da refer negou quaisquer eventuais pressões sobre ana paula vitorino
no sentido de ser reconduzido na presidência da empresa pública rede
ferroviária nacional (refer).
«esse tipo de pressões, num sentido ou no outro,
nunca fazem sentido», afirmou o presidente da refer, que se encontra
acompanhado do director do departamento jurídico daquela empresa pública,
antónio mendes.
luís pardal afirmou que «na década de 1990 tive uma
relação pessoal com a engenheira ana paula vitorino», mas explicou que «terminou em 1998, depois de se ter iniciado em 1994».
o ainda presidente da refer foi nomeado para aquele
cargo, em 2005, por resolução do conselho de ministros quando ana paula
vitorino era secretária de estado dos transportes do ministro mário lino.
respondendo a perguntas do advogado de um quadro
superior da refer arguido no julgamento do caso face oculta, luís pardal
confirmou diferendos com as empresas do sucateiro manuel godinho, explicando
porque razão mesmo assim continuou o sucateiro de ovar a ganhar quase todos os concursos
na refer durante a década de 2000.
«não havia como excluir dos contratos empresas do senhor manuel
godinho, porque continuavam a cumprir os requisitos e se ofereciam mais um euro
do que outras empresas, eu teria que explicar porque é que não venciam os
concursos», afirmou luís pardal, que ainda se encontra esta tarde a prestar
declarações no tribunal de aveiro.
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