o encontro começou um pouco como se esperava: o barcelona a
dominar a posse de bola, a tentar rápidas trocas de passes junto à baliza do chelsea
que, na expectativa, ia tentando fechar os espaços no seu meio campo e ser
agressivo nas disputas de bola, para depois tentar partir em contra-ataques.
e foi isso mesmo que pep guardiola pretenderia, ao colocar
andrés iniesta ‘escondido’ na ala esquerda, soltando-o de marcações, para
colocar fàbregas no meio e assim tentar dar mais capacidade de trocar a bola à equipa, que na frente de ataque colocava lionel messi e alexis sánchez.
do outro lado, a coesão levou roberto di matteo a
encostar juan mata à direita nos momentos defensivos, fortalecendo o meio campo
com o tridente lampard, meireles e mikel, com a fechar ramires na esquerda para, uma vez recuperada a a bola, aproveitar
a sua velocidade nos (ocasionais) lances em que a equipa poderia lançar o
contra-ataque.
assim, com os ‘blues’ mais preocupados em fechar os caminhos
para a sua baliza, o barcelona foi tentando cavar buracos na defensiva
londrina. logo aos 9 minutos foi isso que conseguiu, quando um passe por alto
de iniesta encontrou sánchez na área, mas o chapéu do chileno a petr cech foi travado pela barra da sua baliza.
ao primeiro aviso seguiu-se outro logo depois, aos 17
minutos, com um remate de iniesta, e aos 43 seria fàbregas a ver ashley cole
tirar uma bola quase em cima da linha de baliza, após o internacional espanhol
a ter desviado subtilmente do guarda-redes do chelsea.
apesar das oportunidades criadas, os ‘blaugrana’ iam
perdendo vários duelos individuais com os jogadores londrinos, que eram
muitas vezes mais agressivos e rápidos a disputarem bolas dividias.
entre as ameaças do barcelona, os londrinos iam tentando
lançamentos longos para um demasiado sozinho drogba, mas, já nos descontos da
primeira parte, um contra-ataque do chelsea seria concretizado com sucesso:
perda de bola de messi, logo ele, a meio campo, um passe longo para ramires
que, após correr alguns metros, cruzou para drogba que fugira aos centrais
catalães e conseguiu rematar com sucesso ao segundo poste.
o sofrimento que se
esperava
o tardio golo na primeira metade deixou adivinhar que, para
os segundos 45 minutos, e mesmo ainda com a segunda mão por disputar em camp
nou, na próxima semana, o barcelona iria forçar ainda mais o ataque na segunda
parte.
como tal, a toada não só se manteve, como se intensificou: o
barcelona continuava a trocar a bola quase como queria, e tentava acelerar os
passes no último terço do campo, junto à baliza de cech. o chelsea quase
que se limitava a defender, com os seus jogadores do meio campo a
desgastarem-se em dobras aos laterais ou a fechar espaços à entrada da área a
messi.
logo aos 56 minutos, fàbregas encontrou sánchez na área que,
com a pressão de ashley cole, rematou ao lado só com o guarda-redes pela frente.
defender e aguentar era o objectivo, e o chelsea não criou qualquer
oportunidade de golo durante a segunda parte, enquanto ia vendo os ‘blaugrana’
e tentarem encontrar uma maneira de igualarem o marcador.
messi e xavi ainda tentaram a partir de dois livres directos
à entrada da área dos ‘blues’, e aos 87 minutos, foi após um cruzamento do
argentino que carles puyol cabeceou para uma decisiva defesa de cech, que assim
negou o empate.
o último susto surgiria já para lá do minuto 90, quando pedro rodríguez rematou ao poste esquerdo da baliza do chelsea, com sergio busquets depois a falhar a recarga a escassos metros das redes londrinas.
assim, o chelsea conseguiu uma vingança na primeira batalha da nova guerra contra o barcelona, após o fatídico desfecho das meias-finais de 2009, quando um golo tardio de iniesta apurou os ‘catalães’ para a final da liga dos campeões. mas a tarefa só ficará completa se os ‘blues’ conseguirem aguentar a vantagem por mais 90 minutos, para a semana, em casa do barcelona.