dos ecologistas indignados – com a divulgação de uma fotografia onde o rei posa junto de um elefante morto -, aos espanhóis, em geral, que apertados pela crise não aceitam que o dinheiro do erário público seja utilizado para caçar elefantes em áfrica, passando pelos partidos de todas as orientações políticas, não houve quem se poupasse nas críticas. afinal, o chefe de estado tinha ‘abandonado’ o país na semana em que espanha passava por uma das semanas mais duras alguma vez sentidas pela sua economia, e fê-lo na companhia de um grupo de caçadores não identificados.
todos exigiram explicações sobre os alegados excessos do chefe de estado e hoje, todos os jornais espanhóis publicam uma explicação: afinal o rei não pagou a caçada, foi convidado.
mohammed eyad kayali, empresário saudita residente em espanha há vários anos e diplomata da casa real da arábia saudita no país, foi o promotor da viagem do rei ao botswana, revela hoje o el mundo, que cita «fontes conhecedoras da viagem».
um escândalo nunca vem só
como se não bastasse a polémica viagem a áfrica do monarca de um país em plena crise económica, esse mesmo monarca vê-se agora citado num escândalo envolvendo dinheiros públicos e favorecimento a membros da casa real espanhola.
a 29 de dezembro, o genro do rei, iñaki urdagarin, foi formalmente delcarado arguido no ‘caso nóos’, tendo-lhe sido imputados os crimes de desvio de dinheiro público, falsificação de documentos e fraude. o caso atingiu em forte a família real espanhola, e o marido da infanta cristina foi formalmente afastado das cerimónias oficiais.
agora, estilhaços deste caso podem comprometer don juan carlos. de acordo com urdagarin, que apresenta três emails enviados em 2007 como prova, o rei fez esforços para mediar a participação de uma equipa de vela liderada por urdagarin na 33ª edição da copa da américa.
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