por isso, nos últimos anos, tem vindo a equipar os seus supermercados pingo doce com os restaurantes refeições no sítio do costume e com serviços de take away que incluem churrascaria, salgados, comida fresca tradicional ou sopas, sandes, sobremesas e bolos.
«o investimento começou a ser concretizado a partir de 2007 e foi muito intensificado no ano passado com a nova cozinha que abrimos em odivelas [grande lisboa], e que é um passo em frente na capacidade de conseguir proporcionar comida tradicional portuguesa», explica o director-geral do pingo doce, luís araújo, em entrevista ao sol.
nesta lógica – e a par dos frescos, da marca própria e do preço – a área das soluções de refeição, (denominada no grupo por meal solutions, englobando os restaurantes e o take away), foi definida em 2010 como um dos pilares de diferenciação da insígnia.
«esta oferta complementar nas meal solutions é estratégica e acrescenta valor às lojas», diz o responsável. e sublinha que nos supers em que existem, considerando a respectiva área de influência, permite «conseguir, em média, um a dois pontos mais de quota de mercado, o que significa um maior efeito de atracção».
no final de 2011, ano em que abriu o seu maior restaurante, no pingo doce do forum sintra, o grupo tinha 34 espaços refeições no sítio do costume, mais um do que em 2010 e mais 12 do que em 2009. e serviu mais de 3,5 milhões de refeições, o que compara com três milhões em 2010. até junho, as vendas tinham crescido cerca de 40% face ao mesmo período de 2010, indica o grupo, sem revelar a receita total gerada, nem o peso deste negócio nos resultados finais.
em 2011, ampliou também o número de lojas com pontos de venda de comida para levar, que passaram a existir em 230 dos 379 supermercados (contra 214 em 2010 e 181, em 2009), vendendo 30 mil toneladas de alimentos. só frangos assados foram dez milhões de unidades e 5,3 milhões de unidades de salgados.
abrir mais restaurantes
num ano em que já afirmou que defender a rentabilidade das suas lojas é uma prioridade, e com o número de aberturas de novos pingo doce a abrandar, o grupo deverá ainda assim continuar a investir nesta área – mas escusa-se a detalhar previsões de investimento.
em março abriu um novo restaurante, em santa maria da feira e já este mês inaugurou outro na prelada, somando cerca de 4.000 lugares sentados. segue em contra-ciclo com o comportamento nacional do sector, que tem sido afectado por fechos.
«temos a expectativa de acabar o ano com crescimento face à área de refeições e contamos também encontrar oportunidades de aberturas de espaços de restauração em 2012», reitera o director, não excluindo um abrandamento no ritmo de expansão devido à conjuntura. «a nossa visão de longo prazo é que esta área seja muito importante no pingo doce», conclui.