para conseguir este efeito – que excedeu as expectativas do grupo –, a campanha foi planeada em grande secretismo pelo departamento de promoções, que tem um orçamento de três milhões de euros para este tipo de acções. e nem sequer precisou de ser publicitada.
os gerentes das 369 lojas só foram informados da campanha 15 dias antes e tiveram ordem para não falar nem sequer com os funcionários. os cerca de 24 mil colaboradores da cadeia só souberam no dia anterior e, segundo soube o sol, foi-lhes pedido que não fizessem compras no dia da promoção para garantir os stocks de produtos. a empresa também lhes disse que terão a possibilidade de beneficiar do mesmo desconto, entre 7 e 11 de maio.
apesar das cautelas, a fúria compradora esvaziou prateleiras – tiveram de ser reabastecidas várias vezes ao longo do dia –, gerou filas de espera de horas e até desacatos. os stocks vão levar «vários dias a repor para chegar à normalidade», garante ao sol outra fonte da empresa.
alexandre soares dos santos, pai do administrador-delegado da jerónimo martins, pedro soares dos santos, diz que o grupo «não esperava nada disto» e que o que se passou «foi uma loucura!».
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