Hollande pode falar já esta noite com Merkel em caso de vitória

O segundo ‘round’ das presidenciais francesas joga-se hoje nas urnas. Ao meio-dia gaulês – menos uma hora em Portugal -, já 30,66% do eleitorado tinha votado, uma percentagem superior ao verificado na primeira volta, realizada a 22 de Abril. A ser eleito, François Hollande poderá já esta noite conversar com Angela Merkel, chanceler alemã.

cerca de 43,3 milhões de franceses estão a ser chamados desde as oito da manhã às urnas, na segunda volta da votação em que decidem ora pelo conservador recandidato nicolas sarkozy, ou por françois hollande, seu opositor.

caso vença as eleições, o candidato socialista poderá hoje mesmo começar a endereçar-se a um dos temas que dominou a campanha: a relação franco-germânica com angela merkel.

jean-marc ayrault, um conselheiro especial de hollande e presidente da câmara de nantes, garantiu esta manhã que, em caso de vitória, o recém-eleito presidente poderá já esta noite dar inicio às conversações com a chaceller alemã.

«ele tem a chave para a recuperação da europa, a sua reorientação na direcção do crescimento, no sentido da protecção da competitividade», teceu, citado pelo le figaro, ao deliberar sobre o candidato socialista. recorde-se que françois hollande defendeu durante toda a campanha a sua intenção de renegociar o pacto fiscal europeu, que visa estabelecer um tecto de 3% para o défice de cada país.

voto dos candidatos já nas urnas

apesar do aumento da afluência às urnas na primeira contagem desta segunda volta, a imprensa gaulesa recorda que o valor fica, ainda assim, aquém do registado em 2007.

o libération lembrou os 34,11% que à mesma hora já se registavam no segundo embate das presidenciais que sarkozy venceria sobre ségolène royal.

na manhã deste domingo, ambos os candidatos foram colocar o seu voto nas urnas.

sarkozy votou em paris, capital francesa, e não prestou quaisquer declarações à imprensa. por seu turno, hollande deslocou-se às urnas em tulle, cidade da província de corrèze, onde admitiu ter «dormido pouco», antes de delegar que «serão os franceses a decidir se [hoje] será um bom dia».

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