tadic, no poder desde 2004, apresentou a sua demissão em
abril e empurrou a sérvia rumo a eleições antecipadas que, à primeira volta,
acabou por liderar com 26% dos votos. nikolic surge na perseguição com cerca de
menos um ponto percentual, tendo superado os restantes 10 candidatos para ir agora disputar a segunda volta.
os candidatos voltam
a defrontar-se a 20 de maio, no que será o seu terceiro duelo nas urnas, com os
dois anteriores a terem sido favoráveis a boris tadic, líder responsável pelas
negociações que culminaram na aprovação, a 1 de março, da candidatura sérvia à ue,
como recordou a bbc.
apesar de ambos os candidatos assumirem posturas prós-europeístas, tomislav nikolic revela um discurso com tons mais
nacionalistas, e já chegou a defender uma política económica mais virada a
leste, receptível a uma cooperação mais próxima com a rússia.
novo governo nas mãos
dos socialistas
ontem foi igualmente dia para os sérvios votarem para eleger
o próximo executivo no país. aqui a tendência inverteu-se, com o sns, partido do candidato nikolic, a recolher uma ligeira vantagem sobre os democratas (ds) de
tadic, partido que está no poder há 12 anos, desde a queda de slododan milosevic.
os números que já são conhecidos correspondem ainda a
sondagens, já que os resultados oficiais apenas serão divulgados na
quinta-feira.
o sns terá assim recolhido cerca de 24% dos votos à frente
dos 22,09% que o ds coleccionou, segundo os primeiros dados avançados pela comissão eleitoral sérvia que foram citados pela bloomberg. por esta altura, o sufrágio já terá contabilizado
quase 98% dos votos.
nenhum dos dois principais partidos conseguirá alcançar uma
maioria nos 250 lugares do parlamento em belgrado, capital do país, um facto
que deposita no partido socialista, liderado por ivica dacic, acrescida importância
na formação do futuro governo.
os socialistas – antigo partido de milosevic, o ex-presidente
deposto em 2000 e julgado pelo tribunal de haia por crimes de genocídio -,
foram o terceiro partido mais votado, com cerca de 16% dos votos, e serão eles
a decidir a necessária coligação que formará o novo executivo na sérvia.
o seu líder, ivica dacic, tem sido perfilado como o próximo
primeiro-ministro do país face ao papel que o partido desempenhará. «os socialistas
estão agora numa posição de ditar condições», considerou djorjde vukadinovic,
um professor da universidade de belgrado citado pela bloomberg.
por esta altura, os votos traduzem-se em 73 assentos
parlamentares para os progressistas do sns, 67 para os democratas do ds e 44
mandatos para os socialistas de dacic.
a constituição do novo governo sérvio terá que ser decidida
até 20 de maio, mesmo dia em que o país volta às urnas para a segunda volta das
presidenciais.