pelos palcos passam meg stuart (com philipp gehmacher e vladimir miller, the fault lines, a 26 e 27 de maio, no museu da água), anne teresa de keersmaeker ( en atendant, a 5 e 6 de junho, na culturgest, e cesena, a 8, no ccb, e a 9, no teatro camões) e os tg stan (mademoiselle else, a 8, no são luiz).
thomas walgrave, director artístico do festival, explica: «a programação foi possível graças à generosidade da comunidade artística». o que não é encarado como uma solução. «um governo pressionado preserva parte da cultura que considera essencial. o problema é preservar o estabelecido e cortar a alimentação do futuro». a crise dos modelos culturais, sociais e económicos, focados no indivíduo é o mote para 2012. «mas é preciso vê-la como um desafio. olhar para a frente. quais as possibilidades?».
é com os olhos no futuro que os artistas sobem ao palco no alkantara, que tem por objectivo contrariar «os clichés da arte contemporânea: elitista, difícil, contrária ao prazer». para thomas, cheval, de antoine defoort e julien fournet (maria matos, a 31 de maio e 1 de junho) é um exemplo perfeito: «pode ser tão interessante para o público da antena 2 como para os leitores d’ a bola. o romper de paredes entre os públicos é fascinante».
aos artistas estrangeiros juntam-se portugueses como tiago rodrigues (três dedos abaixo do joelho, de 29 de maio a 3 de junho, no tndmii) e ana borralho e joão galante (linha do horizonte, praia das avencas, de 20 de maio a 9 de junho). e ant hampton e tim etchells propõem the quiet volume, espectáculo de autoteatro na biblioteca nacional. na programação paralela há conversas com artistas, concertos, masterclasses e lançamentos de livros.