o bad suspendeu a actividade na guiné-bissau, na sequência do golpe militar de abril passado, que provocou o derrube do governo eleito e o cancelamento da segunda volta das eleições presidenciais.
«suspendemos o nosso apoio na guiné-bissau porque não estamos convencidos que, nestas circunstâncias, o nosso apoio possa ter sucesso», disse kaberuka, respondendo a uma pergunta da agência lusa sobre o actual estado das relações do bad com aquele país lusófono.
«não acreditamos que nestas circunstâncias o povo da guiné-bissau possa beneficiar do nosso apoio», insistiu o ruandês que preside ao bad.
«queremos voltar a apoiar o país a fazer a transição», declarou.
donald kaberuka associou a permanente instabilidade na guiné-bissau à situação no mali, afirmando esperar que os dois países «possam estabilizar rapidamente».
o bad está a realizar a sua assembleia anual na cidade tanzaniana, na qual, segundo fontes da organização, participa uma delegação da guiné-bissau, composta por três elementos, chefiada por um alto funcionário do ministério da economia, do plano e da integração regional.
na guiné-bissau, o bad desenvolve vários projectos, como a construção de um porto de pesca na capital e o apoio a um hospital pediátrico e, em 2011, lançou a estratégia de redução da pobreza no país, em colaboração com o governo deposto pelo golpe militar de abril deste ano.
em janeiro, o bad aprovou a concessão de ajuda ao alívio da dívida da guiné-bissau, no âmbito da iniciativa países pobres fortemente endividados, no valor 60,4 milhões de dólares (48,5 milhões de euros).