Escolas de turismo em risco de fechar

O Governo e o Turismo de Portugal (TP) estão a estudar a reorganização da rede de 16 escolas de hotelaria do instituto público. E, em cima da mesa, estão alterações que deverão passar pelo fecho de algumas escolas e pelo estabelecimento de protocolos com as autarquias onde estão instaladas para que assumam os custos destes…

hoje, a rede inclui escolas detidas pelo tp, sobretudo localizadas nas principais cidades como lisboa, porto, coimbra ou portalegre. e unidades a funcionar em imóveis arrendados a câmaras municipais ou em edifícios camarários. nestes casos, a ideia é que sejam as autarquias a assumir os custos da estrutura, ficando o tp com a área formativa.

os números ainda não estão fechados, mas a mesma fonte indica que no final do processo – que deverá estar concluído até ao início do próximo ano lectivo – o tp deverá assegurar uma rede que terá entre 11 a 14 escolas, dependendo da adesão das câmaras. o tp acredita que, apesar das dificuldades financeiras que vivem as câmaras, haverá interesse em manter abertas as escolas.

por ano, o tp tem encargos de 14 milhões de euros com as suas escolas, cujos orçamentos individuais variam entre os 400 mil e os 800 mil euros. além do corte nos custos, a reorganização da rede visa também canalizar recursos para as escolas maiores, cuja capacidade para receber alunos ainda não está esgotada, bem como aumentar a oferta formativa.

neste processo, os postos de trabalho afectos ao tp deverão ser mantidos e aos alunos que tenham de ser transferidos para outras escolas, em caso de encerramento, poderá, por exemplo, ser disponibilizado transporte.

no final de março, no parlamento, durante uma audição com o grupo de turismo, o presidente do tp anunciou que «o ano 212 será de reestruturação da rede escolar». frederico costa escusou-se a adiantar detalhes, prometendo «um novo mapa para setembro». mas assumiu que «se tiver de ser», haverá encerramento de escolas, até porque há «actualmente mais oferta do que procura».

ana.serafim@sol.pt