a selecção helénica adoptou a habitual estratégia defensiva e cedo se viu em desvantagem no marcador, mas ao intervalo fernando santos mexeu na equipa e colheu frutos. que só não foram mais saborosos porque karagounis desperdiçou um penálti.
após uma entrada decidida dos polacos, a resistência dos gregos desmoronou-se em 17 minutos, quando lewandowski surgiu livre na área e respondeu com precisão, de cabeça, a um cruzamento de obraniak, no flanco direito. desde o primeiro europeu, em 1960, que nenhuma equipa chegava tão cedo ao golo no encontro inaugural.
foi sempre pelo lado direito que os polacos insistiram para criar situações de superioridade numérica na primeira parte. antes e depois do golo, os homens comandados por franciszek smuda podiam ter materializado ainda mais o domínio que exerceram nos 45 minutos iniciais. mas blaszczykowski, lewandowski e perquis revelaram má pontaria.
à beira do intervalo, tudo se complicou para a grécia, com a expulsão de papastathopoulos, por duplo amarelo – o primeiro mostrado sem razão pelo árbitro espanhol carlos velasco carballo. isto quando o outro defesa central também já tinha sido substituído por lesão.
tudo parecia correr mal aos gregos, que só conseguiam incomodar o adversário através de lances de bola. mas, no regresso dos balneários, fernando santos lançou salpingidis no lugar de ninis e, cinco minutos depois, o avançado saído do banco aproveitou uma bola perdida na área, após um cruzamento da direita, para restabelecer a igualdade.
era a primeira oportunidade para a grécia e outras se seguiriam, apesar da inferioridade numérica. o protagonista: salpingidis, o homem que mudou o rumo do jogo.
aos 68 minutos, surgiu isolado na área e obrigou o guarda-redes polaco a travá-lo em falta. penálti e cartão vermelho para szczesny – as equipas voltavam a jogar em igualdade numérica. na conversão da grande penalidade, karagounis permitiu a defesa do recém entrado tyton.
a grécia continuou a mandar no jogo e salpingidis chegou a introduzir outra vez a bola na baliza polaca, mas o árbitro anulou o golo por fora-de-jogo. os gregos já não perdem há 20 jogos e, depois de portugal em 2004, voltaram a estragar a festa da estreia ao anfitrião.