as selecções italiana e espanhola chegaram ao intervalo empatadas, sem golos, ao intervalo, mas foi a squadra azzurra a usufruir das melhores oportunidades para marcar, frente a uma la roja que sem qualquer avançado de origem de início.
o espanhóis de vicente del bosque começaram com um duplo-pivot a meio campo, com sergio busquets e xabi alonso a ‘seguraram’ os homens à sua frente, que quase todos preencheram, à vez, a posição de ponta de lança.
tudo porque no banco ficaram fernando torres, alvaro negredo e fernando llorente, o avançados da equipa, em detrimento da inclusão de cèsc fabregas de início. assim, à excepção de xavi, que se mantém sempre no meio a ‘pensar’ o jogo, pelo menos um dos homens da frente – david silva, andrés iniesta ou fabregas -ocupou a posição no meio dos centrais italianos.
centrais que hoje são três. face às lesões, cesare prandelli, seleccionador transalpino, recuou daniele de rossi no terreno e colocou-o no meio da tripla de defesas centrais, ladeado por giorgio chiellini, à esquerda, e leonardo bonucci, à direita.
em cada ala ficou um italiano encarregue de a ocupar (maggio e giacherinni), com o meio campo povoado por marchisio, thiago motta e pirlo, atrás de um duo de avançados composto por antonio cassano e mario balotelli.
a bola tem pertencido à espanha como de costume, mas sem que muito tenham feito com ele. buffon, guarda-redes italiano, apenas fez uma defesa na primeira parte, ao contrário de casillas, que foi obrigado a travar três remates perigosos à baliza espanhola.
fruto de não possuir nenhum homem fixo entre os centrais italianos, e sem que os jogadores do meio campo dessem largura nas faixas, a espanha viu-se constantemente sem espaços quando se aproximava da área adversário.
os italianos, como fechavam bem os espaços e colocavam os jogadores muito próximos entre si, conseguiam sair rápido para o ataque. ao recuperaram a bola, procuraram sempre lançar ora cassano ora balotelli, que se mantinham fixos na frente.
só na segunda parte chegariam os golos.
à hora de jogo, teve que vir um homem do banco de suplentes para quebrar o nulo no marcador. antonio di natale, melhor marcador italiano da série a nas últimas épocas, arrancou com os seus 34 anos para se desmarcar e fugir de gerard piqué, dez anos mais novo, e depois desvir a bola de casillas.
o avançado tinha acabado de entrar em campo, por troca com balotelli, e traduziu finalmente com um golo a superioridade nas oportunidades que a itália vinha tendo. mas o tento também serviu para acordar a espanha.
três minutos volvidos, fabregas, o ‘falso’ ponta de lança, voltou a empatar as duas equipas em golos, após uma jogada típica do ataque espanhol, com sucessivas trocas de passes, o último saído dos pés de david silva
daí em diante, os treinadores começaram a promover mais trocas. jesús navas entrou e a espanha começou a ter largura no seu jogo, quando tinha a posse de bola. os italianos mudaram a sua dupla de avançados, as posições que mais se desgastavam face à pressão que tinham que executar quando a equipa defendia.
fernando torres também entraria em campo, e teria um par de oportunidades para marcar. numa delas, e só com buffon pela frente, o guarda-redes italiano não fez o que 90% dos guardioes fariam: não caiu aos pés do avançado, quando este tentou fintá-lo. manteve-se em pé e roubou-lhe a bola como se de um defesa se tratasse.
a paciência e organização italiana frente à posse de bola espanhola manteve o empate na partida, e ambas as equipas continuam com a via aberta para os quartos de final. no outro encontro do grupo, croácia ou irlanda podem, em caso de vitória, assumir a liderança.
onzes iniciais
espanha: iker casillas, alvaro arbeloa, gerard piqué, sergio ramos, jordi alba; xabi alonso e sergio busquets; david silva, xavi, andrés iniesta e cèsc fabregas.
itália: gianluigi buffon, leonardo bonucci, daniele de rossi e giorgio chiellini; christian maggio, claudio marchisio, thiago motta, andrea pirlo e emanuele giaccherini; antonio cassano e mario balotelli.
(artigo em actualização.)