com um empate a bastar, mas com uma vitória em mente, o seleccionador laurent blanc mexeu algumas peças na equipa que tinha vencido por dois golos sem resposta a ucrânia, no encontro anterior.
na frente, manteve-se a velocidade que jérèmy ménez dava à equipa, mas agora balanceada no pé esquerdo de ben arfa, que se fixou mais no flanco direito, procurando movimentos mais diagonais, em direcção ao centro do terreno.
no meio campo, a resistência de m’vila ocupou a vaga de cabaye, o homem que tanta capacidade de remate de meia distância tinha dado, até então, à equipa. e, como habitual, a frança tem controlado o encontro, com a bola a passar mais tempo entre os pés gauleses. contudo, de forma lenta e previsível.
e até foram os suecos, mais agressivos e rápidos nas suas acções, a ter a melhor oportunidade para marcar na primeira parte. ola toivonen ganhou uma bola no ar a philip méxes mas, só com lloris pelo caminho, rematou contra o poste da baliza já depois de fugir do alcance do guardião francês.
os franceses voltaram para a segunda parte no mesmo relaxamento com que saíram para o intervalo. e aos 52 minutos, um disparo do capitão sueco alertou-os disso mesmo. uma bola cruzada desde a direita tinha como destino zlatan ibrahimovic, que a recebeu com um remate acrobático, um pontapé que a enviou com força e rapidez para o fundo da baliza francesa.
o aviso não foi suficiente para os gauleses o entenderem, e nos minutos seguintes, a suécia continuou a pressionar no ataque, à procura de mais um golo que lhe permitisse abandonar o europeu – já não se podiam qualificar -, com uma imagem que, embora tenha desiludido, pudesse ser recordada com contornos positivos.
até ao fim, a frança manteve-se inofensiva, e os suecos aproveitaram para também manter a tendência do jogo. e os ataque à baliza de lloris sucediam-se.
já nos minutos do tempo de compensação chegaria a recompensa, quando uma ‘bomba’ de sebastian larsson finalmente empurrou a bola contra as redes, após um ressalto na barra da baliza de lloris. era o golpe final numa decepcionante frança, que conheceu logo o seu castigo com a confirmação de que iria mesmo defrontar a espanha nos quartos de final.
samir nasri, no rescaldo do encontro, chegou a dizer que não será «assim tão mau» defrontar já os espanhóis. pode ser que não seja, mas difícil e complicado, por certo o será.
onzes iniciais
frança: lloris; debuchy, rami, méxes e clichy; diarra, m’vila e nasri; ribéry, benzema e arfa.
suécia: isaksson; granqvist, mellberg, j.olsson e olsson; larsson, svensson e kallstrom; ibrahimovic, toivonen e bajrami.
(artigo actualizado quarta-feira, às 13h12.)
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