Imprensa estrangeira elogia acerto táctico português

Saiba como alguns jornais estrangeiros viram o desempenho português no duelo ibérico de ontem.

a edição electrónica do l’equipe escrevia na análise ao jogo que o conjunto português saiu afastado «sem demérito» e demonstrando «uma disciplina táctica sem falhas». mas o futebol não é só táctica, e por isso o jornal francês aponta também a «pouca inspiração» de cristiano ronaldo na noite de ontem.

em inglaterra, o the sun ironiza com «a casca de banana nas botas» de ronaldo, que «não se aguentava em pé quando um adversário se aproximava», e com os «400» adeptos portugueses que se deslocaram a donetsk, comprando-os a um contingente da league one (a segunda liga inglesa). acrescenta, ainda assim, que os ucranianos e russos nas bancadas torceram pelo conjunto de paulo bento. o jornal destaca a «fantástica defesa» de rui patrício, no prolongamento.

no telegraph refere-se o modo como «a equipa de paulo bento empurrou espanha para a beira da eliminação, perturbando o fluxo dos campeões mundiais e injectando dúvidas aos jogadores de del bosque». «o jogo pressionante e bem disciplinado de portugal interrompeu o habitual jogo de passes de espanha», explica o jornalista. nos destaques individuais do lado luso, o telegraph aponta a «tenacidade» de «encher o olho» de raul meireles e de joão moutinho. por outro lado, ronaldo e hugo almeida são apontados como símbolos da ineficácia da frente de ataque. os portugueses podem «manter a estátua tapada por mais um bocado», remata o jornal, referindo-se à sugestão de maradona relativa a ronaldo.

em itália só se pensa no jogo de hoje, mas na reportagem da meia que lhes determinou o possível adversário a gazzetta dello sport refere as poucas ocasiões das duas horas de jogo jogado, que empurraram a decisão para a marca de grande penalidade. e aí, os italianos criticam a opção lusa de colocar «o melhor marcador de penalties em quinto lugar da lista, sobretudo quando é o adversário a começar».

no brasil, a folha de são paulo destaca o modo como portugal roubou a posse de bola à espanha. «além de não deixar a espanha jogar, portugal rematou mais na primeira parte. foram quatro conclusões portuguesas contra três espanholas», lê-se ainda. assim foi na primeira parte, e na segunda não mudou muito: «portugal ainda chutava mais à baliza do que os adversários espanhóis. no entanto, as conclusões eram falhadas e pouco assustavam casillas».

sol