‘ask her if she’ll marry me…’, entoou sting, num dos versos de ‘every little thing she does is magic’, apenas para ouvir um coro (ainda que tímido) de‘yes!’. o homem tão conhecido pela sua música como pelos conhecimentos de sexo tântrico, arrancou inúmeros suspiros femininos a um público que, ainda assim, raras vezes se revelou muito efusivo.
apesar da frieza da plateia – que apenas perante os clássicos do músico britânico se mostrou mais energética – sting não deixou créditos por mãos alheias, no concerto no estádio municipal de oeiras, que marcou o arranque da 9.ª edição do edp cooljazzfest.
logo no início do espectáculo, o ex-líder dos police disse estar“feliz por estar aqui” e foram inúmeras as vezes que repetiu “obrigado”, num português herdado dos tempos que passou no brasil.
durante cerca de duas horas, o músico britânico viajou pela sua longa carreira, desde os tempos dos police até à actualidade, tentando um difícil equilíbrio entre os clássicos e as canções menos conhecidas do grande público.
acompanhado por dominic miller (guitarra), vinnie colaiuta (bateria), david sancious (teclas), peter tickell (violino eléctrico) e jo lawry (coros), foram surpreendentes os novos arranjos musicais de muitas das canções – que sobressaíram ainda mais pela grande qualidade de som do recinto e a excelente forma vocal do sexagenário, sempre acompanhado pelo baixo, o seu instrumento de excelência.
o concerto – que integra a digressão back to bass, comemorativa dos seus 25 anos de carreira a solo – arrancou com ‘all this time’, prosseguiu com o já mencionado ‘every little thing she does is magic’ e ‘englishman in new york’ – naquele que foi o primeiro grande momento da noite. depois de uma sequência de temas menos marcantes, foi com‘fields of gold’,‘shape of my heart’, ‘every breath you take’, ‘message in a bottle’,‘desert rose’ e ‘roxanne’ que sting conquistou o público – provando uma vez mais que há canções que vivem para sempre.