foi d. afonso iii quem ordenou a sua reconstrução (1258), e ali viveu d. dinis e morreu a rainha santa isabel (1336). tendo servido de quartel-general às tropas portuguesas que dali partiram para grandes batalhas (atoleiros, linhas de elvas, ameixial e montes claros), foi igualmente naquele lugar que se traçou mais uma importante passagem da história portuguesa: vasco da gama foi investido como comandante na saga da descoberta do caminho marítimo para a índia.
é neste cenário que se elevam as vinhas de joão portugal ramos, bem aos pés do castelo. o enólogo, que começou a sua actividade em 1980, tornou-se conhecido como consultor de vários vitivinicultores e só em 1990 plantou os primeiros cinco hectares de vinha em estremoz, dando origem ao seu projecto pessoal.
em solos xistosos e argilo-calcários foi plantando as suas vinhas, tendo feito também acordos com agricultores da região que lhe permitem a exploração de 500 hectares. é daqui que resultam o marquês de borba tinto 2011 e o branco 2011 que chegam ao mercado com uma nova imagem. recorde-se que a primeira colheita desta marca foi feita em 1997 e tem mantido até aos nossos dias consistência na qualidade.
este marquês de borba tinto, com um teor alcoólico de 14%, tem uma excelente concentração aromática; destacam-se os aromas a amoras. o marquês de borba branco, com uma cor aberta de citrinos, revela uma boa acidez e tem um longo final de boca. l
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