quando a canção ‘chasing cars’ fechou o último episódio da segunda temporada da série americana anatomia de grey, servindo de banda sonora a uma cena dramática protagonizada pelo clã de internos do hospital de seattle grace – na qual izzie stevens, de vestido de baile, se recusa a abandonar o leito de morte do seu falecido marido –, os irlandeses snow patrol mal podiam imaginar o sucesso que viriam a ter mundo fora.
formada em 1994, a banda foi construindo carreira lentamente (só chegaram ao nome snow patrol em 1997, depois de mudarem a designação várias vezes, à medida que os membros iam e vinham), tendo alcançado os tops britânicos ao fim do terceiro álbum, final straw, editado em 2002, que vendeu 1,6 milhões de cópias no reino unido. mas foi em 2006, com eyes open, que alcançaram sucesso internacional, exactamente pelo êxito de ‘chasing cars’, nomeado para um grammy (tendo o single vendido mais de dois milhões de cópias na internet).
como rampa de lançamento para os eua, a série não poderia ter sido melhor. mas o baixista da banda, paul wilson, mantém as suas reservas. «não sei, nunca vi a anatomia de grey. talvez tenha ajudado em alguns países. mas no reino unido já tínhamos estado em n.º 1 antes da série existir… penso que terá ajudado nos eua e na austrália», disse ao sol.
certo é que hoje, com seis registos de originais, já venderam mais de 11 milhões de álbuns. fallen empires, o mais recente, lançado no final de 2011, continua, com as suas baladas, nas boas graças dos produtores de anatomia de grey (que na 8.ª temporada incluiu canções como ‘called out in the dark’ e ‘new york’) e entre o público fiel. mas tenta agora chegar a novos mundos arriscando uma incursão na electrónica, em temas como ‘i’ll never let go’ e ‘fallen empires’.
«todas as canções são muito diferentes umas das outras. este é o nosso melhor álbum. faz uma junção do melhor dos nossos dois últimos discos. e tem canções como ‘fallen empires’, diferentes de tudo o que já fizemos. trabalhámos muito neste registo, evoluímos e tornámo-nos melhores músicos».
a 13 de julho os fãs portugueses vão poder ver se esta pop dançável resulta, ou não, para a banda irlandesa, que sobe ao palco do optimus alive, antes dos justice e dos stone roses. cartaz que deixa a banda contente. «os stones roses também vão tocar, não é? vai ser uma loucura!».
