os espectáculos dividiram-se por dois palcos: o alive, o palco principal, com capacidade para milhares de pessoas, e o heineken, mais modesto, com uma tenda a delimitar o espaço, dirigido a bandas com menos público.
bastava olhar para o cartaz para perceber que as escolhas da organização eram duvidosas e a noite demonstrou-o. enquanto no palco principal os snow patrol davam um concerto correcto, o palco heineken enchia-se de gente para receber os bem-dispostos lmfao que, com os seus ritmos dançantes e contagiantes e o seu hino de festa, party anthem, esgotaram há uns meses o coliseu dos recreios e aqui quiseram repetir a proeza.
fora da tenda, na zona de restauração, as mesas enchiam-se de gente. deixaram de ser espaço de refeição para se tornarem verdadeiras pistas de dança improvisadas: na tenda não cabia mais ninguém, quem chegava tarde ficava onde podia. no fim, muitos reclamavam por o concerto não ter sido no palco principal. com o avançar da noite a tendência agravou-se.
os stone roses não conseguiram encher a plateia do palco principal, com um concerto que agradou aos fãs mas não conseguiu prender os indecisos, que se foram deslocando de volta ao palco heineken, que foi pequeno para receber todos os que queriam dançar ao som do kuduro progressivo dos portugueses buraka som sistema. a tenda rebentava pelas costuras, cá fora o público espremia-se até à tenda da música electrónica e às barracas das bifanas, na esperança de não confundir batidas. a banda deu um concerto estrondoso, cheio de energia, que pôs os milhares que ali estavam a dançar e a gritar.
a noite fechou-se, enfim, com os franceses justice, tão aguardados em portugal, no palco principal, uma electrónica dura, forte, a fazer lembrar um heavy metal dançante, que não deu descanso aos corpos, que se continuaram a mexer ao som da batida. ontem fez-se a festa da dança no passeio marítimo de algés, que todos a entoarem o ritmo dos justice: do the dance, stick to the beat, that’s how we make it right!