Festival de Sines despede-se depois de oito dias de ‘bom público e boa onda’

O Festival Músicas do Mundo termina hoje, após dois fins de semana alargados de «bons concertos, bom público e boa onda», nas palavras do director, Carlos Seixas, e em que a crise se manteve afastada de Sines.

apesar de ainda não ter números definitivos, a organização adiantou à agência lusa que, em 2012, o certame contou com mais público do que no ano passado, estimando que mais de 80.000 pessoas tenham acompanhado os espectáculos durante esta semana.

segundo carlos seixas, foram vendidos mais bilhetes de entrada no castelo do que em 2011, revelando que a crise não afastou os amantes de música de sines.

«o bilhete é barato [15 euros, o diário], o público gosta de música e as pessoas, mesmo com crise, lá arranjam alguns tostões para comprar o bilhete aqui, para verem bons espectáculos», explicou o director do certame.

a primeira parte do festival músicas do mundo (fmm) decorreu entre quinta-feira e sábado da semana passada, e a segunda investida começou na passada terça-feira e termina hoje, encerrando o festival por este ano.

no final, para carlos seixas, fica a «sensação de trabalho cumprido» e de «enorme satisfação por ver que foi um sucesso».

«bons concertos, bom público, mais do que no ano passado, e uma boa onda», resumiu o responsável.

entre o público, as impressões recolhidas, durante os concertos da tarde, do projecto português orquestra todos, no castelo, e do canadiano socalled, no pontal, junto à praia, também foram muito positivas.

david canelas, 30 anos, de montemor-o-novo, acompanha o fmm desde a segunda edição e recordou à lusa quando «tudo se focava dentro do castelo», acreditando que a «dimensão» que o evento ganhou se deveu, sobretudo, à «variedade musical».

para pedro antunes, 37 anos, de setúbal, o «conceito de festival de músicas do mundo divulgou-se imenso depois de sines».

«este, eu continuo a achar que é um espectáculo, integra-se bastante bem até com a própria localidade», afirmou, no seu regresso ao certame após alguns anos de afastamento.

quem não tem faltado nas últimas edições são pablo e ana, de madrid, espanha, que gostam do fmm por «ter muita gente, estar-se à vontade e ter a praia» por perto.

vinda, pelo segundo ano consecutivo, da província argentina de santa fé, mónica paglieri aprecia no festival de sines a música e a possibilidade de «conhecer outras culturas».

a música irá silenciar-se, no pontal, já na madrugada deste domingo, com a promessa de voltar em 2013.

nestes oito dias de espectáculos, passaram pelos palcos da cidade alentejana 35 propostas musicais dos cinco continentes, quase metade de entrada livre.

lusa/sol