Salários dourados: da Casa da Música à Culturgest

A auditoria feita pelo Governo às fundações identificou vários casos de salários ‘dourados’ aos seus administradores, até mesmo em casos onde o financiamento destas instituições é exclusivamente público. O seu destino está traçado: tectos salariais ou corte de financiamento.

segundo apurou o sol, alguns dos casos agora vistos à lupa incluem o administrador delegado da casa da música, nuno azevedo, que recebe 11.192 euros mensais; o presidente da fundação cidade de guimarães, joão bonifácio serra, 10.300 euros; o presidente da agência de avaliação e acreditação do ensino superior, alberto_amaral, 9.985 euros; ou miguel lobo antunes, que recebe na culturgest, 8.550 euros.

no caso de fundações privadas, o governo não pode obrigar a nada, mas pode moralizar os gastos, diminuindo o financiamento estatal nos casos em que considere que as instituições estão a usar o dinheiro para pagar altos ordenados aos seus administradores.

outro caso diferente é da fundação maria ulrich, onde os vencimentos chegam a 112 mil euros por ano, mas que apenas recebe 4% de apoios estatais, levando a que o estado pouco possa – ou queira – fazer.

helena.pereira@sol.pt

*com david dinis