o mercado interno é o principal da fabricante portuguesa, que celebra 80 anos em setembro. representando 79% das vendas, os portugueses comem, por ano, 1,5 milhões unidades das históricas sombrinhas de chocolate regina e mais de três milhões de tubos de pintarolas, disponíveis em mais de 20 mil pontos de venda.
mas a exportação está a ganhar peso. no primeiro semestre deste ano, o volume de negócios da imperial, detida pelo grupo rar, ‘engordou’ 18% face a junho de 2011, para 13 milhões de euros. «o grande responsável por este crescimento foi o mercado interno, onde crescemos 17%. no mercado externo crescemos 19%», avança ao sol a presidente executiva da imperial, manuela tavares de sousa. detendo marcas líder – a pantagruel no chocolate de culinária, ou a regina, com os frutos secos cobertos –, a empresa regista indicadores muito acima do seu sector, que terá crescido 1,5% até junho.
para este ano, o objectivo é adicionar mais 10% ao volume de negócios de 2011, que rondou os 21,2 milhões de euros, com lucro de um milhão.
«o ano 2012 vai ser, provavelmente, um dos melhores que a imperial já teve», acredita a responsável. o negócio «pode vir a crescer este ano cerca de 25% no mercado externo», prevê.
seguindo a estratégia de exportar para economias emergentes ou de grande dinamismo económico, através das suas duas unidades em vila do conde, a imperial fabrica e exporta sobretudo para a áfrica austral, que pesa 36% nas vendas ao exterior. em angola, onde as marcas regina e jubileu são históricas, é o principal destino de exportação da empresa. e o negócio deverá subir 20% a 30% este ano. já para moçambique, onde está há um ano, o objectivo é duplicar o volume de negócios em 2012. a_europa (itália e europa de leste), com 27%, e américa latina, com 20%, são outras geografias de eleição.
do equador ao irão e iraque
o brasil foi o primeiro país com expressão na rota internacional da imperial, que também está na venezuela e uruguai. «estamos a entrar no equador e no paraguai e esperamos ainda este ano vender no peru e colômbia», acrescenta.
o médio oriente e o magrebe, onde a primavera árabe parece não ter trazido amargos de boca à empresa portuguesa, são outras geografias estratégicas. além de estar a reforçar a distribuição em marrocos e argélia, no próximo mês estreia-se na líbia e em setembro deverá chegar à tunísia. «a curto prazo, temos previsto o início da distribuição das nossas marcas para o dubai. e para o irão e iraque ainda este ano, talvez em setembro», continua.
saiba que…
desde 1932:
para o 80.º aniversário, em setembro, a imperial promete novidades na regina e nas pintarolas, apostando no revivalismo. quando fez 50 anos, lançou a jubileu e a pantagruel.
máquina única:
quando fez 75 anos inaugurou uma fábrica (completada em 2010) onde tem um sistema quase único para fazer tabletes em unidose. só existem dois na europa.
mais inovação:
nos últimos cinco anos, a imperial, com 160 empregados, investiu 12 milhões em modernização.
doce consumo:
portugueses comem, por ano, três milhões de tubos de pintarolas e 1,5 milhões de sombrinhas da regina.