os responsáveis da comissão europeia (ce), do banco central europeu (bce) e do fundo monetário internacional (fmi) mostravam, por outro lado, pouca abertura para flexibilizarem as metas do défice de 4,5 % este ano (que o governo considerava já impossível de alcançar) e de 3% em 2013.
perante a intransigência da troika e a eventualidade de portugal ser colocado em posição de incumprimento – o que poderia levar mesmo ao não pagamento do desembolso de 4,3 mil milhões de euros em causa nesta quinta avaliação e, seguramente, à descredibilidade internacional da imagem de portugal como bom aluno – passos coelho decidiu, ainda na quinta-feira, falar ao país e anunciar as piores notícias, mesmo antes de vítor gaspar.
a estratégia do líder de governo passou por dar um sinal claro e garantias aos credores externos de que existia vontade política e capacidade do governo para aplicar novas medidas que ajudem à consolidação orçamental e ao crescimento do país.
*com david dinis e tânia ferreira