o antigo avançado do cruzeiro, psv, inter de milão, real
madrid, ac milan e, por último, corinthians, deu a sua opinião, uma que, fruto
da história que o acompanha, será mais válida do que outras: duas vezes campeão
do mundo de selecções, vencedor de uma liga dos campeões e autor de mais de 300
golos na carreira. tudo junto valeu-lhe a alcunha de ‘fenómeno’.
argumentos válidos por trás de uma opinião. «dou a minha
preferência ao messi, porque é o jogador que mais nos fascina, que mostra mais
criatividade», explicou, questionado pela cnn.
bola colada ao pé, normalmente o esquerdo, fintas esguias e rápidas a fugir de pernas adversárias, remate em jeito ou em força, ou acabam no fundo das redes ou em grandes defesas de guarda-redes. no fundo, é quase sempre isto que o argentino faz, com um cognome que lhe atribuíram como a ‘pulga’.
nem mesmo a animosidade que separa os dois países, que
cresce nos relvados, impediu ronaldo de cimentar esta posição – «mesmo sendo
ele da argentina, que tem uma grande rivalidade com o brasil».
em dezembro, a fifa anunciará o vencedor do prémio da bola
de ouro, que distingue o quem melhor jogou em 2012. este mês, nem ronaldo ou
messi ficaram a ganhar, já que foi o espanhol andrés iniesta a ser galardoado
com a distinção de melhor jogador europeu para a uefa.
um prémio pela vitória no europeu, ou apenas uma consolação
para quem ficará de fora de uma luta que há se resumiu a duas frentes?
porventura será a última opção, já que, em 2010, ano em que a espanha
conquistou o mundial da áfrica do sul, com o golo vitorioso da final a sair dos
pés de iniesta, o médio do barcelona perdeu a corrida da bola de ouro para
messi.
a época passada, o pecúlio de cristiano ronaldo, em números,
ficou-se pelos 60 golos marcados em 55 jogos pelo real madrid, mais os três que
marcou pela selecção nacional até às meias-finais do europeu. messi chegou aos inauditos
73 golos marcados em 60 partidas no barcelona. títulos, só a copa do rey, para
o argentino, e a liga espanhola, para o português.
ronaldo, o brasileiro, venceu a bola de ouro em 1996, 1997 e
2002. nesses tempos, a escolha seria mais fácil, e nem sequer se falava tanto
do que quem vencia o quê.
por exemplo, em 1996, ano da sua primeira vitória, e com
apenas duas décadas de idade, o brasileiro arrecadou o prémio após uma época no
psv eindhoven, onde apenas venceu a taça da holanda, antes de ganhar a super
taça de espanha, quando no verão se transferiu para o barcelona.
aí, o segundo classificado, o liberiano george weah – que venceria
em 1995 -, ficou com menos de metade da pontuação alcançada pelo brasileiro.
este ano será pelo menos previsível que, quem quer que
ganhe, a diferença nas votações deverá ser muito mais estreita. se ronaldo
votasse, seria em lionel messi. resta esperar que grande parte dos seleccionadores
nacionais prefiram cristiano ronaldo.