a direcção da cgtp-in já se decidiu pela convocação de uma greve geral nos próximos dois meses, revelou ao sol carlos trindade, membro do conselho nacional da central sindical.
após o anúncio de uma nova vaga de austeridade por parte do governo, a cgtp reuniu aquele órgão de direcção para decidir que formas de contestação adoptar. esperava-se a convocação de uma greve geral, face a medidas como o aumento das contribuições dos trabalhadores, mas o secretário-geral da intersindical, arménio carlos, anunciou ‘apenas’ a realização de uma manifestação no dia 29 de setembro.
no entanto, segundo soube o sol, a discussão durante a reunião girou em torno de uma paralisação geral. os membros do conselho nacional acertaram a realização de uma greve geral, em data ainda por definir. «é tão certa quanto o destino», assegura carlos trindade, um dos representantes da ala socialista na direcção da cgtp-in.
por questões de gestão política, a decisão não foi formalizada, não tendo havido, por isso, qualquer anúncio. o principal motivo na base desta opção foi a tentativa de não afastar a ugt do protesto e de possibilitar um entendimento com a estrutura sindical liderada por joão proença. mas a ugt apenas deve decidir se converge com a cgtp na marcação da greve geral «após a apresentação do orçamento do estado», disse ao sol um membro da central sindical próxima do partido socialista.