«deve fazer parte também da nossa motivação e objectivos, ganhar por uma questão desportiva, porque é disso que se trata, mas tentar ganhar por algo mais. se calhar, hoje, esses momentos de felicidade, mesmo que sejam de curta duração – 90 minutos e umas horas – são partilhados de outra maneira porque têm a ver com essas dificuldades que se vivem», disse, em entrevista à lusa.
para o responsável técnico da formação das ‘quinas’, que acabou de cumprir dois anos no cargo, os jogadores e restantes membros da comitiva, ao terem «essa felicidade de ganhar e jogar bem», «não devem deixar de pensar que estão também a dar felicidade a milhões e milhões de portugueses».
«é uma situação que compete ao governo explicar. assim como digo ‘aos clubes o que é dos clubes’ e ‘à selecção o que é da selecção’. para a política o que é da política, para o futebol o que é do futebol», sublinhou, questionado sobre as comunicações ao país do primeiro-ministro, passos coelho, e do ministro das finanças, vítor gaspar, nos dias dos recentes compromissos da selecção luso no grupo f da qualificação para o mundial de 2014.
paulo bento considerou que «a selecção nacional tem sempre agregado» o objectivo «de fazer felizes os portugueses», reconhecendo que «agora se pode exacerbar um pouco mais em função do momento que todos os vivem, um momento de austeridade, de crise».
lusa/sol